segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Empreiteiras estão com dificuldades para encontrar mão-de-obra no mercado. A IC pode ajudar? Como?

O setor da construção civil continua como o grande destaque no cenário nacional na abertura de novos postos de trabalho. Reflexo imediato dessa forte demanda tem criado dificuldades para as empreiteiras, que não encontram, com facilidade, mão-de-obra qualificada para atender aos inúmeros empreendimentos imobiliários.

 

Atento à necessidade de formação dessa mão-de-obra, desde o ano passado o Governo Federal, através do MTE, em parceria com ONG's (Organizações não-governamentais), vem qualificando os moradores desses municípios para o setor da construção civil.
O foco das ações de qualificação, num primeiro momento, foi o de atender aos beneficiados do Programa Bolsa Família. Uma das instituições, o Instituto de Qualidade de Vida (Iquavi), formou cerca de 3 mil profissionais nos cursos de pintor, pedreiro, eletricista predial armador de ferro, azulejista, encanador e carpinteiro.
A boa surpresa veio ainda no início do programa, durante as inscrições. "Quase 80% das inscrições que recebemos são de mulheres, chefes de família. Elas demonstraram grande interesse na qualificação para trabalhar no setor e mostraram aptidão para a construção civil", comenta Eduardo Crispe, coordenador de qualificação profissional do IQUAVI.
A instituição tem mantido contato com várias construtoras, empreiteiras e agências de emprego, buscando inserir seus formandos nos postos de trabalho. Segundo Luiz Antônio Dadá, ainda há resistência de algumas empresas na contratação do público feminino.
"As empreiteiras estão descobrindo aos poucos as vantagens de se ter mulheres trabalhando nas obras. O ambiente de trabalho fica melhor, a organização aumenta, os níveis de produtividade se elevam, sem contar no capricho dos acabamentos e da limpeza nas construções", enfatizou.
Segundo Dadá, também existe dificuldade em se encaixar os alunos capacitados por conta da falta de experiência na profissão. "Recebo muitas ofertas de vagas, mas os empresários exigem experiência em carteira. Como exigir essa experiência daqueles que acabam de se formar e necessitam da primeira oportunidade" - indaga.
Para reduzir o problema, o Iquavi tem buscado parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH)- e com o Serviço Social da Indústria da Construção do Rio de Janeiro (SECONCI-Rio) - para aproveitamento dos formandos em Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, municípios onde foram formados os profissionais. 
Através dessa parceria o SECONCI irá disponibilizar aos seus parceiros e empreiteiras com atividade na região, o cadastro de alunos formados pelo Iquavi. Eles poderão ser contratados diretamente pelas empresas como aprendizes da profissão (meio-oficial), beneficiando-se de todos os direitos devidos aos profissionais do setor.
(Redação - JB Online)



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