Li a reportagem da revista The Economist e na Época desta semana sobre previsões e cenários através de um livro de autoria de Nassim Nicholas Taleb (http://www.fooledbyrandomness.com/) chamado The Black Swan (O Cisne Negro). Este é um assunto que sempre me intrigou: de fato, a quantidade de coisas desconhecidas é muito maior do que as coisas conhecidas. Por que então, nós procuramos investir na análise das coisas conhecidas ou das tendencias passadas, absorvidas, para tentar prever o futuro, desprezando o acaso?
Na modelagem de cenários futuros, é muito comum nos basearmos em tudo que já aconteceu no passado para prever o futuro, e assim temos um passado que em muitas vezes nos surpreendeu, mas quando vamos para o futuro, olhamos como um deus, capaz de prever e garantir o futuro com certo grau de segurança, como se o aprendizado do que nos pegou de surpreza seria suficiente para encarar o futuro. Estaríamos nos enganando, fazendo de bobos para viver, fazendo previsões enganadoras sobre o futuro? Seria mais importante tentar conhecer o que não conhecemos? Quebras das bolsas, 11 de setembro, tsunamis, fatos que pegaram o mundo de surpresa. Mas como prever o desconhecido? Será que os fatos imprevisíveis realmente comandam a história? ou deveríamos jogar buzios, tarot, consultar pai jorge de ogum?
Na modelagem de cenários futuros, é muito comum nos basearmos em tudo que já aconteceu no passado para prever o futuro, e assim temos um passado que em muitas vezes nos surpreendeu, mas quando vamos para o futuro, olhamos como um deus, capaz de prever e garantir o futuro com certo grau de segurança, como se o aprendizado do que nos pegou de surpreza seria suficiente para encarar o futuro. Estaríamos nos enganando, fazendo de bobos para viver, fazendo previsões enganadoras sobre o futuro? Seria mais importante tentar conhecer o que não conhecemos? Quebras das bolsas, 11 de setembro, tsunamis, fatos que pegaram o mundo de surpresa. Mas como prever o desconhecido? Será que os fatos imprevisíveis realmente comandam a história? ou deveríamos jogar buzios, tarot, consultar pai jorge de ogum?
e a vida continua...
Leitura sugerida: The Black Swan – Nassim Nicholas Taleb
"Taleb é um partidário do acaso e um crítico feroz da indústria das previsões (...). Ele diz ter se convencido de que o mundo não segue as regras do mérito e da lógica e é guiado mais por comportamentos extremos que pelo equilíbrio e pela igualdade. Nesse jogo, a sorte e o imprevisto teriam um impacto muito maior do que nós, humanos, gostamos de admitir."
Leitura sugerida: The Black Swan – Nassim Nicholas Taleb
"Taleb é um partidário do acaso e um crítico feroz da indústria das previsões (...). Ele diz ter se convencido de que o mundo não segue as regras do mérito e da lógica e é guiado mais por comportamentos extremos que pelo equilíbrio e pela igualdade. Nesse jogo, a sorte e o imprevisto teriam um impacto muito maior do que nós, humanos, gostamos de admitir."
Segue o link da reportagem http://www.economist.com/books/displaystory.cfm?story_id=9253918
Aurelio Oliveira
Aurelio Oliveira
3 comentários:
Olá Aurelio,
Copio minha resposta aqui também:
Aqui a gente fala que com o jornal da segunda feira todos sabemos os resultados do futebol do domingo (mas não quero falar mais do domingo ;)). Então, na segunda feira todo é previsível, até que Argentina A perda com o Brasil B;).
Quando eu ensinar teoria da decisão na faculdade (faz mais de 10 anos) dizia que uma decisão tem que ser analisada com a informação e as restrições que se tiveram no momento da tomada. Acho que isso também é valido neste caso. É muito fácil dizer que algum acontecimento poderia ter sido previsto após o fato, eu gostaria ver essas mesmas pessoas predizer isso antes do fato. Mas há ferramentas para diminuir o acontecimento de fatos imprevistos como já veremos. Também há um artigo do Bazerman eu acho, na Harvard Business Review e um livro com como diminuir os acontecimentos imprevistos. Se não me engano o titulo é predictable surprises.
No caso dos cisnes negros e Taleb, eu li acerca deles em um artigo em mais um jornal inglês, mas não me lembro qual foi (leio tanto que já nem sei o que leio) e na newsletter de Arik Johnson da Aurora, um amigo meu. De todas maneiras, agora também li o que escreveram no The Economist (muito obrigado pela dica) e o que você escreveu no blog.
Minha opinião é que em inteligência competitiva temos duas ferramentas para tentar diminuir os cisnes negros:
1) Wild cards (¿cartões selvagens seria a tradução para o português?) que se introduzem nos cenários para ter em conta esses elementos que tem baixa probabilidade e alto impacto na organização, o que é quase uma definição do cisne negro. Mr Taleb defines a black swan as an event that is unexpected, has an extreme impact and is made to seem predictable by explanations concocted afterwards.
2) Blindspots: Análise de pontos cegos que podem nos ajudar para descobrir pontos o coisas que cremos saber e não sabemos.
Acho que o caso dos cisnes negro não contradizem o tema do artigo, porque há ferramentas, mesmo na metodologia de construção de cenários. As ferramentas não servem para evita-los, acho que isso é impossível ou só possível para Deus, mas podem ajudar para diminui-los.
Espero que goste do comentário e espero os seus comentários.
Um grande abraço,
Adrian
Adrian,
Muito boa a sua contribuição. Na minha opinião Mr. Taleb quer destruir todas as teses e ferramentas desenvolvidas para se projetar o futuro dando demasiado peso ao acaso, e tirando a importância da lógica e do equilíbrio, que devem co-existir com o risco do imprevisto. É verdade que eles ocorrem, mas existem ferramentas para considerar o devido peso dos cisnes negros. Embora reconheça que na prática muitas vezes os ignoramos por conveniência, por tender em demasia ao equilíbrio, o instintivo cenário ideal do "final feliz".
Muito obrigado e um abraço,
Aurelio
Pd: parabéns pelo excelente português.
Sim, provavelmente por isso e
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